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Migration Testemonies

A enfermeira Vitória está grata pelas possibilidades existentes de apoio à mobilidade e emprego na Europa. “Juntos somos mais fortes” – estas foram as palavras que escreveu numa carta dirigida à Presidente da Comissão Europeia e que marcaram a cimeira de Maio 2021 no Porto. Veja aqui: https://youtu.be/V21V2WcIZ1c

Tivemos o prazer de falar com a Vitória sobre a sua motivação e decisão em mudar-se para a Alemanha. Esta entrevista não teria sido possível sem a colaboração do nosso parceiro, Amplia.

 

E – Começamos por te dar os parabéns pela menção honrosa no discurso da Presidente da Comissão Europeia. Como te sentes e o que te levou a escrever tal carta?

Estou muito contente por saber que a minha carta foi mencionada e grata pelas palavras da Sra. Ursula von der Leyen, Presidente da Comissão Europeia. A carta teve como finalidade agradecer os apoios existentes para a mobilidade na Europa desde a relocação, apoio linguístico e reconhecimento profissional.

E – Porquê a Alemanha?

A Alemanha é um país central na Europa e tem uma grande oferta de oportunidades de trabalho. A língua alemã também é falada noutros países como Suíça, o que torna a sua aprendizagem benéfica. Inicialmente ponderei ir para outros países europeus, no entanto tomei a decisão de aprender uma língua nova com o objetivo em obter o máximo partido desta experiência. O desejo de uma melhor qualidade de vida e equilíbrio entre trabalho e tempo de lazer, com recursos aos apoios sociais da União Europeia, contribuíram para a minha decisão.

E – Qual é o maior desafio encontrado na transição e integração na Alemanha?

O principal desafio encontrado é a barreira linguísta, pelo que é fundamental a aprendizagem desta antes de partir, a fim de ser um meio facilitador na integração profissional, social e pessoal. Quanto melhor a preparação linguísta, mais fácil será a integração.

E – O que valorizas mais nesta experiência?

Sinto-me feliz por estar na Alemanha, é um país que oferece várias oportunidades de carreira. Com esta experiência internacional aprendi muito a nível profissional e pessoal. Apesar dos desafios encontrados, o equilíbrio entre trabalho e lazer continua a compensar. Para além disso, o facto de ter vindo com uma empresa especializada nestas questões como a Holalemania/AMPLIA é um apoio importante, principalmente nos primeiros meses. Estão sempre disponíveis para nos ajudar e tirar dúvidas, mesmo que saiam do âmbito da mobilidade de trabalho.

E – Queres deixar algum conselho aos enfermeiros interessados neste tipo de experiência?

Para todos os interessados, o meu conselho é experimentarem. A situação atual em que vivem já a conhecem, então porque não experimentar outro país, local de trabalho, língua, cultura, amigos? Abram-se à possibilidade de conhecerem outras realidades e com 1 ano de mobilidade é o suficiente para perceberem se pretendem manter-se na Alemanha.
A experiência internacional traz-nos não só um crescimento laboral, social e pessoal como também económico e cultural.

 

Foi muito diferente daquilo que esperava. E para melhor. (Vânia Mendes)
Tudo está bem quando acaba bem. (Víctor Mendes)

 

 

ES – Ter uma experiência internacional foi sempre um objetivo vosso?

Vânia – Quando concluí o curso em Portugal, vi-me sem perspetivas reais no meu país. Foi então que vi a oferta de trabalho na Victor’s, na Alemanha, na área da prestação de cuidados. Naturalmente, as perspetivas lá eram muito melhores. A mudança para a Alemanha significava que teria de deixar a minha família em Portugal. Além disso, não conhecia ninguém na Alemanha. Essa parte foi muito difícil para mim, até porque pensava que as pessoas na Alemanha eram mais frias e não muito dadas a ajudar. O que faria num país assim, além de trabalhar e passar o resto do tempo sozinha? Contudo, o meu marido tentou encontrar trabalho em França. Por fim, ganhei coragem e candidatei-me a uma vaga na Alemanha. Aceitaram-me passado muito pouco tempo, fiz os cursos de língua e tive a sorte de poder começar numa pequena cidade no oeste da Alemanha, juntamente com uma colega de curso.

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Alberto Correia, com mais de 30 anos de experiência no sistema de enfermagem alemão, desempenha função de Responsável de Enfermagem no Hospital Albertinen em Hamburgo. Decidimos dar a conhecer a sua experiência pessoal, com ênfase na carreira profissional e a perspetiva atual para os Enfermeiros que estão a pensar trabalhar na Alemanha.

 

Emprego Saúde: Qual foi o seu percurso até chegar a um cargo de coordenação num hospital alemão?

Alberto Correia: Foi realmente um percurso interessante que começou num pequeno hospital aqui em Hamburgo. Desde início que me dediquei à área clínica dos cuidados intensivos e fui fazendo várias formações e cursos ao longo dos anos. Passei também por um serviço em Duisburg, onde faziam cerca de 3000 intervenções cardio-cirúrgicas por ano. Essa foi sem dúvida uma experiência muito gratificante já que esta é a minha área de interesse. Atualmente no Albertinen, sou responsável por uma equipa de enfermagem constituída por 700 enfermeiros, dos quais 30 são de nacionalidade portuguesa.

 

Emprego Saúde: Como vê o futuro da enfermagem na Alemanha?

Alberto Correia: Existe atualmente uma falta de enfermeiros na Alemanha. O sistema de enfermagem alemão não é centralizado, o que significa que cada hospital rege-se pelas suas próprias regras no recrutamento de enfermeiros. A grande maioria dos hospitais, incluindo o Albertinen, está interessada em pessoal de enfermagem qualificado. Assim sendo, os enfermeiros oriundos do sul da Europa como Portugal, são candidatos bastante apreciados.

 

Emprego Saúde: Gostaria de deixar um conselho aos enfermeiros interessados em trabalhar na Alemanha?

Alberto Correia: Coragem! Sair de casa é um passo fundamental para o nosso desenvolvimento pessoal. Aqui na Alemanha, os jovens estão habituados a sair de casa dos pais mais cedo do que em Portugal, o que favorece à sua independência. Vir trabalhar para um hospital alemão é mais do que conhecer um outro sistema de enfermagem. É também uma oportunidade para conhecer uma nova cultura e aprender a língua alemã numa cidade atrativa como Hamburgo. Aqui existem igualmente excelentes condições para criar um futuro tanto a nível profissional como pessoal.

 

SESSÕES DE ESCLARECIMENTO e RECRUTAMENTO
Brevemente o Enfermeiro Alberto estará em PORTUGAL, conjuntamente com a Enfermeira Ana Serra (recrutada há 2 anos pela nossa equipa), em cidades como Porto, Braga, Viseu, Vila Real, Lisboa e Coimbra!

Iremos dissipar todas as dúvidas sobre a função de Enfermeiro no Hospital Albertinen. Adicionalmente haverá propostas de trabalho a serem apresentadas em todos os erviços. Esta é uma verdadeira oportunidade de evolução profissional!

Para estar presente na sessão de esclarecimento envie o seu currículo para nursing@amplia.pt e m.vargas@holalemania.de mencionando o nome da cidade onde gostaria de se reunir connosco!

Chamo-me Nelson Correia, enfermeiro e sou do Arquipélago dos Açores, Portugal.

O meu sonho desde criança era ser enfermeiro, mas devido a circunstâncias pessoais, só consegui entrar na universidade em 2006, quando o programa de Bolonha começou em Portugal. Fui um dos primeiros alunos a ingressar neste programa na Universidade dos Açores para Enfermagem, terminando a minha licenciatura em 2010. Depois de ser convidado como Assistente de Ensino para o curso de Enfermagem da Universidade de Cabo Verde, onde fiquei 3 anos e completei o meu Mestrado em Saúde Pública, voltei à Ilha de San Miguel, nos Açores.

Viajar, trabalhar num serviço de emergência e conhecer o mundo eram todos os sonhos que eu tinha na época.

Tendo trabalhado na ilha no corpo de bombeiros, no pré-hospital e na sala de emergência, vi um anúncio de uma agência de recrutamento especializada no recrutamento de pessoal médico para linhas de cruzeiros – a Pro Sea Staff. Enviei o meu currículo, em duas semanas tive uma entrevista e, em julho de 2016, ingressei no meu primeiro navio como enfermeiro.

Lembro-me de como estava, com medo, mas também fiquei fascinado ao mesmo tempo. Comecei como enfermeiro, fazendo o que amo e viajando pelo mundo pelo meu trabalho. Após 2 anos a bordo, fui promovido como “Senior Nurse”.

Esta é uma oportunidade disponível para todos os enfermeiros que gostem de trabalhar e viajar simultaneamente. Obviamente, é necessário ter experiência em Emergência e falar inglês com fluência. A equipe da agência Pro Sea Staff ajudou-me nesta aventura incrível e em todo o processo de recrutamento, para que eu pudesse obter o melhor contrato com a melhor empresa.

Para quem seja ambicioso, goste de viajar e ter novos desafios, o mar será um parceiro incrível.

Nelson Correia, RN, MSc

Senior Nurse

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Depois de uma passagem pelo Reino Unido a Inês Baptista decidiu rumar para a Australia. A inês fala da sua experiência de adaptação, diferenças culturais e ao nível profissional, nomeadamente do sistema de saúde. Conta os seus projetos atuais e futuros, a sua experiência de trabalho como médica no sistema prsional e de reinserção social da Austrália.

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O meu nome é Mara Alves, tenho 29 anos e nasci em Aarau, na Suíça, onde os meus pais viviam na altura e vivi lá também até aos 10 anos.
Terminei a minha Licenciatura em Enfermagem na CESPU em Julho de 2012.
Procurei apenas por alguns meses trabalho em Portugal, mas a situação do nosso país nessa altura estava péssima…. Fui a uma entrevista de trabalho onde me ofereceram 4 euros por hora – como é óbvio não aceitei! Tive de pensar numa alternativa para mim. E aí surgiu a ideia de emigrar…

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A Sílvia Nunes vive em Watton em Inglaterra, é enfermeira, e conta-nos a sua experiência neste país desde 2014. Saiu do país por falta de ofertas de emprego em Portugal.

Ela conta-nos como como passou de auxiliar em Inglaterra enquanto obtinha a validação do seu título profissional, a enfermeira, diretora de um lar e vice-gerente hoje em dia. Conta-nos como foi adaptar-se profissionalmente num sistema diferente do português. Recentemente ganhou mais um prémio a nível nacional, British Care Awards. Acredita que tomou “a decisão certa na altura certa”.  Em 2018 foi eleita figura do ano pelo P3 do jornal Público, facto que também a enche de orgulho. Só tem pena de Portugal não aproveitar os excelentes profissionais que forma.

Fala também da cidade de Watton, da comunidade portuguesa na cidade que a faz sentir em casa.

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A Sofia Gaspar vive em Copenhagen na Dinamarca, é médica anestesista, e conta-nos a sua experiência internacional.

Ela conta-nos as principais diferenças culturais e sociais. Conta-nos como foi adaptar-se profissionalmente a um sistema diferente do português. A oportunidade de realizar investigação na sua área. A sua experiência de maternidade na Dinamarca, como é viver numa cidade que de inverno tem poucas horas de sol e outros aspectos interessantes da vida de uma portuguesa na Dinamarca.

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